sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Os reinos 4

Capítulo 4:
«Socorro! Socorro!» Ouviu-se um homem a gritar, era um homem novo, muito musculado, atlético, bonito e alto, estava ferido e com um ar doente, encontrava-se num campo de batalha, no local onde tinha ocorrido a guerra, mas não sabia porquê. «O que estou aqui a fazer? Está aí alguém?» Mal ditas estas palavras, surgiu um homem de uma sombra: era um homem velho com o cabelo grisalho e com uma longa barba, estava coberto por um manto branco e transparente, e tinha vestida uma túnica também branca.
O velho disse-lhe «Saudações meu amigo! Estás com má cara, tens algum problema?» O rapaz não lhe respondeu, por isso o velho continuou. «Eu sei que não me conheces, mas estás muito fraco, vais ter de confiar em mim, sou a tua única esperança! Isto é, se queres sobreviver vais ter de vir comigo, eu posso tratar-te. Sou feiticeiro e conheço os mais variados remédios!» O homem disse isto com uma cara tão séria que convenceu o jovem rapaz.
Os dois avançaram pela estrada mas, o rapaz estava muito fraco, por isso houve várias paragens. Pelo caminho, o feiticeiro foi percebendo que o homem não tinha memória e que estava completamente perdido. O jovem rapaz foi simpatizando com o velho feiticeiro e os dois tornaram-se amigos.
Quando chegaram a casa do velho, o rapaz sentiu-se muito confortável, era uma casa humilde, mas bonita. Só tinha três divisões, uma casa de banho, uma cozinha, e um quarto que de dia servia de sala. Nesse quarto havia um cadeirão, uma cama, uma mesa-de-cabeceira que servia de secretária e em cima dessa mesa estava um livro aberto e alguns apontamentos. O feiticeiro disse-lhe para se pôr à vontade e para se deitar na cama e tentar descansar. Ele obedeceu e assim que se deitou adormeceu. Enquanto ele dormia o feiticeiro saiu do quarto e foi preparar uma mistela que depois colocou numa tigela e levou ao quarto. Sentou-se num velho banco de madeira e espalhou o líquido sobre o peito e os braços feridos do jovem. Depois sentou-se no cadeirão e fechou os olhos, mas não dormiu, concentrou-se nos seus pensamentos.

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário