sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Os reinos 18

Capítulo 18:
Os quatro amigos seguiram viagem. A mulher, que era rainha daquele mundo, estava agora disfarçada de aldeã, por isso o seu povo não a conhecia. Passaram por várias aldeias para se abastecerem de alimento e de água, mas agora estava na altura de entrar na floresta sagrada.
Por mata adentro, sempre com atenção ao caminho para não se perderem, foram seguindo as indicações da mulher e do feiticeiro, mas quando começou a escurecer... perderam-se , tiveram de dormir ao relento. Agora era noite serrada, todos dormiam menos o rapazinho e o feiticeiro. Começaram a ouvir-se lobos a uivar, o feiticeiro não reagiu, mas o menino, sem fazer barulho, pegou na espada e devagar afastou-se um pouco dos outros. De repente, ouviu o som de algum lobo a preparar-se para atacar. Com cuidado e também com algum receio, aproximou-se e tentou espetar a espada no dorso do lobo, falhou, e como falhou, o lobo logo se atirou a ele. A criança aterrorizada, tentou defender-se mas logo apareceram mais dois lobos. O miúdo arranjou coragem e, em vez de gritar, deu um murro no lobo, de seguida, aplicou um golpe com a espada matando-o. Um dos outros dois logos fugiu, mas o outro começou a rosnar , o menino perdeu a coragem, arrependeu-se de matar o outro lobo, e em vez de matar este, olhou para ele nos olhos e depois começou a fazer festas no seu pêlo. O lobo continuou a rosnar, mas depois percebeu que o rapazinho não era uma ameaça. O menino foi simpatizando com o lobo e o lobo com o menino, os dois tornaram-se amigos. Agora o lobo pertencia à equipa.
De manhã, todos acordara assim que o sol nasceu, o pai, quando viu o lobo gritou: «cuidado filho, esta um lobo atrás de ti!». O menino sem preocupação explicou ao pai que o lobo era seu amigo. Passado algum tempo, a jovem reparou que a pele da criança já não estava branca, o feiticeiro, levantou-se e explicou: «A pele do menino já não está branca porque ele, ontem à noite matou um lobo, ao matar esse lobo não só provou a sua coragem como também deixou de ser inocente, já é um homem a sério!». Todos ficaram surpreendidos e depois o rapaz fez uma pergunta: «Porque não ajudaste o meu filho? E como sabes tudo isso?». O feiticeiro respondeu apenas que fizera o que devia, e que apenas quisera pôr à prova a coragem do menino. O rapaz acenou com a cabeça.
A mulher, passado algum tempo, trouxe alguma madeira. Com alguns troncos secos, tentaram construir um abrigo, pois quem se perdia na grande floresta sagrada, era raro conseguir sair, mas todos tinha esperança.

Continua...

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